Tuesday, September 15, 2009

I ♥ Lady Gaga

Tá, a performance dela foi chata e exagerada, eu sei. E poderia ter sido infinitamente mais animada se rolasse um medley de “Pokerface”, “Just Dance” e “LoveGames”…

Mas o fato é que eu sou LOUCO por ela. E acho que essa bendita (e boring) história de compará-la à Madge já rendeu mais do que deveria. Aconteceu com a Britney dez anos atrás, com a Gwen Stefani (em menor grau) há cinco anos e provavelmente vai se repetir com outra nova cantora. Todas são loiras, vem de famílias italianas (a exceção é a Britoca), fazem música pop e enlouquecem justamente o público que elas querem atingir. E é só. Alguém ainda fala que a Britney é a nova Madonna? Portanto, se a Gaga prosseguir com sua carreira e continuar fazendo sucesso (o que eu acho bastante improvável), essa comparação vai acabar. Pelo menos até a imprensa eleger uma “nova Madonna” e o público besta comprar esta história.

Lady Gaga é “A” artista do momento simplesmente porque ela é no-vi-da-de.

Há quanto tempo não assistimos uma cantra pop branca monopolizar conversas, buatchys, rádios, revistas, sites, blogs? Desde a já citada Britney. E essa sede por novidades na indústria pop, foi a própria Madge quem ajudou a implantar, encarnando um novo personagem a cada disco, e negando o personagem anterior.

Portanto, deixem a coitada em paz. Só pelo fato da Gaga ter quebrado todo o statement do cenário pop atual, sua chegada já foi válida. Exemplos: a Rihanna tá enlouquecida inventando singles de CD algum, colaborando com qualquer pessoa que a convidar, fugindo do lugar comum e criando looks inusitados (constrangedores de tão parecidos com os da nossa amiga); a Beyoncé ainda tenta chamar atenção com um CD que nem deveria ter saído de tão ruim (só “Single Ladies” presta, vai?); Mariah e Madonna já lançaram CD novo pouco mais de um ano depois do último e por aí vai.

Aquele tempo em que os artistas ficavam reclusos e sumidos, e onde lançavam um trabalho novo a cada dois ou três anos morreu. Esse timing não existe mais. Todo mundo se cansou das cantoras de sempre e é justamente por isso que a Lady Gaga foi merecidamente eleita febre do momento.

Fazer a exótica/bizarra não é novidade alguma, a gente já viu e todo mundo também sabe. Já teve a Grace Jones, a Björk, a Róisín Murphy… Mas alguma delas tocava exaustivamente no rádio, e levantava qualquer pista? Não.

A “ficha” completa dos looks da Gaga encontra-se aqui.

P.S.1: adorei a atitude nem-confiança da Britoca ao não comparecer a premiação e ainda faturar o VMA de Melhor Clipe Pop.

P.S.2: não achei nada demais a Beyonça chamar a (linda de morrer) Taylor Swift ao palco para fazer seu discurso de agradecimento. Era o mínimo que ela poderia ter feito.

Aliás, baixe aqui: Taylor Swift – “You belong with me”

P.S.3: emocionante mesmo foi ver a Gaga (finalmente!) sair do personagem ao receber o prêmio de Best New Artist. Até que enfim a gente pode perceber que por baixo de tanta pretensão e pose existe um pessoa de verdade. E ela ainda fez questão de dedicar (tchy dedico) o prêmio a nossa classe, para pavor do acabado e homofóbico Eminem.

P.S.4: e no fim, o grande confronto da noite acabou em… patado. Lady Gaga e Beyonça levaram para casa 3 VMA’s cada uma (winners aqui). Chuuupa Beyonça do Inferno!

P.S.5: graças ao bom Deus, os Black Eyed Peas nem sequer foram mencionados e passaram bem longe da festa. Ufa.

No comments:

Post a Comment